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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Foto Greenpeace

Desmatamentos e queimadas estão transformando a floresta em cinzas

É cada vez mais inquestionável a importância da Floresta Amazônica para o equilíbrio climático do planeta terra. A cada dia surgem mais dados, estatísticas, números confirmados em pesquisas de cientistas que se dedicam a estudar o tema. O fenômeno do aquecimento global está cada vez mais se mostrando presente no nosso dia a dia e tem íntima ligação com a nossa Amazônia. A floresta armazena grandes quantidades de carbono existente na vegetação, que são liberados na atmosfera com a retirada da cobertura vegetal.

Apesar de alguns, movidos por falta de informação e interesses econômicos, afirmarem que o aquecimento global é uma falácia dos ecologistas e ONGs para impedir o “desenvolvimento”, não se pode negar a realidade. O Brasil é o 4º maior poluidor do clima no mundo – cerca de 75% das emissões vêm dos desmatamentos e queimadas, principalmente na região.

Mesmo antes de termos acesso às pesquisas dos cientistas, a sabedoria popular dos povos tradicionais da floresta, já nos alertava para a importância de cuidar das árvores, das águas, da vida. O artista popular Dico Tapajós já denunciava em sua música que “a voz que soou, o vento levou, ninguém quase ouviu. É o grito da terra clamando por vida pra todo o Brasil. É a linda Amazônia sorrindo tristonha porque já sentiu, no seu coração, a força esquisita que fere a bonita mulher da nação…” O conhecimento científico e o popular estão juntos dando um alerta à população: precisamos cuidar da floresta, proteger a vida.

É nesta época do ano que ouvimos o “grito da terra” ecoar mais forte, em função de um dos maiores problemas ambientais, as queimadas na Amazônia. As queimadas normalmente são o resultado da transformação das florestas em roças e pastagens. O fogo é o instrumento utilizado pelos fazendeiros para limpar o terreno e prepará-lo para a atividade agropecuária. Na maioria das vezes, elas são realizadas entre julho e setembro, quando é obtido o maior volume de cinzas e quando a vegetação está mais vulnerável ao fogo. Apesar de barato, esse processo traz inúmeros impactos ambientais, principalmente quando foge do controle, atingindo áreas que não se desejava queimar.
Esse problema não acontece somente nas grandes áreas preparadas para o plantio, mas também na agricultura familiar, onde os pequenos agricultores ainda dependem do fogo para preparar o solo. Há também os casos acidentais, mas é nas grandes áreas de agricultura em que percebemos a maior falta de responsabilidade ambiental, principalmente porque os empresários do agronegócio não se preocupam em investir em novas tecnologias para o preparo do solo.

Num primeiro momento, as queimadas podem funcionar como fertilizantes do solo, uma vez que as cinzas produzidas são convertidas em nutrientes vegetais pelos microorganismos da terra. No entanto, a queima sucessiva de uma mesma região pode matar esses mesmos microorganismos, tornando o solo cada vez mais empobrecido e impróprio para a agricultura. Ou seja, quando uma área já foi queimada várias vezes, ela passa a ser usada para pastagens e a agricultura parte para novas áreas de florestas, aumentando o desmatamento.

O problema é muito sério, porque além de estarmos destruindo nossa maior riqueza, a floresta amazônica, estamos contribuindo com o aquecimento global. De acordo com o Greenpeace, o desmatamento da região e mudanças no uso do solo são responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.

Também segundo o Greenpeace, os números do Deter (do Inpe) mostram que a destruição diminuiu em julho, mas o saldo nos 12 meses entre agosto de 2007 e julho de 2008 ainda é muito maior do que o período anterior (agosto/2006 e julho/2007). Significa dizer que o desmatamento e as queimadas diminuem um pouco num determinado mês, mas no final das contas o problema continua o mesmo ou maior. Enquanto assistimos o vai e vem dos números, a verdade é que a floresta ainda continua vulnerável à ação predatória do homem pela busca do enriquecimento a qualquer custo. O alerta está dado ao governo e a toda a sociedade.

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